Gustavo Bueno, O Pensamento Alice, Sobre A Aliança Das Civilizações, O Catoblepas 45:2, 2019
o”Pensamento” é um termo comum que contém dois momentos bem distintos: um período impalpável (ou formal) e um estágio objetivo (ou material). Esses dois momentos são inseparáveis, entretanto são disociables. “Pensar”, no seu sentido formal, é uma atividade de “o pensador”, um imaginar que poderá ser abstraído de teu tema quando nos detemos em seu puro instante subjetivo: o
“o pensador” de Rodin? Entre alguns intelectuais e jornalistas consolida-se o hábito de chamar de “o pensador”, no significado ponderativo, a quem costumava chamar de “filósofo”. “Pensador” transborda, sem sombra de dúvida, o instante intangível do pensamento, porém sem que chegue a estipular quais são os conteúdos do pensamento do pensador.
Quando um jornalista, artista, ou roteirista de cinema, denominado como “filósofa” a senhora María Zambrano não se compromete a determinar os conteúdos de teu pensamento. Dá, claro que esses conteúdos são “muito profundas”, todavia sem que faça ausência entrar em dados, coisa que não é possível no momento em que se fala de um filósofo.
“Filósofo” é o termo que pede de imediato ser especificado: ou é estóico, ou é epicurista, ou é platônico ou aristotélico, ou seja, é idealista ou materialista. Mas “o pensador” não tem de tais especificações. É pensador, e basta. Também é muito comum em nossos dias, ouvirmos alguém que intervém por telefone em uma radiofónica, publicar, antes de falar o que deseja, “irei fazer uma reflexão”, como se dissesse, “eu irei expressar um pensamento”. Por outro lado, os conteúdos de tais pensamentos conseguem ser muito abundantes; por exemplo, a reflexão incide sobre o assunto as conseqüências que terão pro abastecimento do peixe as greves de transportes. Mas quando falamos de “pensamento”, em teu instante intuito, fazemos com definição, mais ou menos explícita, dos conteúdos deste pensamento.
E esses conteúdos não são a todo o momento os inconfundíveis da filosofia tradicional, nem sequer os conteúdos das ciências positivas. As “reflexões” que físicos, biólogos e matemáticos oferecem, uma vez aposentados, sobre suas respectivas ciências, costumam chamar de “pensamento” (Últimos pensamentos). E, desde desse jeito, neste instante está muito consolidada acadêmica e editorial, a distinção entre a História do Pensamento e da História da Filosofia. Dentro destes “pensamentos onomásticos” cabe identificar 2 grandes grupos, tendo em conta o modo segundo o qual são divulgados pelos seus criadores.
No primeiro grupo incluiríamos praticamente todos os pensamentos que têm que visualizar com as utopias, isto é, com o pensamento utópico -utopia de Thomas More, utopia de Campanella, utopia de Bellamy, utopia de Butler, de utopia, de Aldous Huxley-. O característico do “Pensamento Alice” é propriamente a desfocagem das referências internas do mundo que descreve e a ausência de distância entre esse mundo irreal e o nosso. Afirmo que a “Aliança das Civilizações” é um projeto que tem todas as características do tipo de raciocínio que temos denominado de “Pensamento Alice”.
O “Pensamento Sapateiro” (poderíamos assim como denominarle, com mais exatidão, “Pensamento Rodríguez Zapatero”) é um caso ou sujeito concreto do tipo “Pensamento Alice”. O Pensamento Sapateiro, por outra parte, foi pego por outros pensadores conhecidos internacionalmente, entre os que se descobrem Kofi Annan, e o Sr. Mayor Zaragoza.
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Também, ultimamente, outro pensador internacionalmente famoso em todas as chancelarias do planeta, o ministro de Assuntos Exteriores, senhor Moratinos, foi incorporado ao Pensamento Sapateiro. Mas a Aliança das Civilizações está aí ao lado. Basta que uma Assembléia das Nações Unidas, cujo Secretário-Geral, como neste instante argumentou, aceitou o Pensamento Sapateiro – decida ponderar sobre isso pra que os trajetos para a Aliança das Civilizações fiquem claros. No caso peculiar desse Pensamento Alicia, que é o Pensamento de Sapateiro se fala de Civilizações. Supõe-Se que existem numerosas, mas não é dada nenhuma referência ou indicação a respeito da delimitação de tais “Civilizações”.
Mas a primeira pergunta que é agradeço a fazer é esta: será que Existem mesmo essas “Civilizações”? Obviamente, esta questão é de mais em um pensamento literário como era o Pensamento Alice de Carroll. Mas esta questão não podes ser evitada por quem tem responsabilidades políticas, de política real, e não de ficção política.